sexta-feira, 6 de setembro de 2013

De volta de novo?

Senti saudade, vontade de voltar.
Engenheiros do Hawaii sempre se encaixa nos momentos mais necessários. Hoje, lembrei do passado. Lembrei que escrevia, da melancolia e da persistência em acreditar que tudo ia dar certo. Dar uma olhada no blog até me comoveu, senti falta de escrever, de passar bastante tempo online só cuidando dele.
Mas a verdade é que nunca consegui ser uma escritora regular, e não é agora que serei. Não, não. Talvez um dia. Bem que eu gostaria, mas agora não. Posso tentar prometer para mim mesma que vou tentar, mas no fundo já sei que não, não dá.
Enfim (afinal, eu sempre adorei essa palavra), tem uma coisa linda e cheia de mistérios que me impede de escrever, e sobre a qual muitos escrevem e até eu já o fiz: pois bem, é o sr. tempo. Ele não me deixa, ora pipocas.
O fato é que sinto falta, o blog me fazia bem.
Mas as memórias desse tempo, essas ficam. E o melhor: tá tudo guardado aqui.

 Um beijo,
Lau d.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Uma crônica sobre o que se fala por aí


Fiquei uns dias tentando ser um desses autores que admiro, mas qualquer êxito na minha jornada seria pura cópia. Enquanto o tema geral das crônicas  dos jornais que li era fim-do-mundo-fim-da-primavera-maias-última-crônica e afins, não saiu sequer meia dúzia de palavras daqui. Até lamentei os textos que poderiam ter sido escritos, mas acho que lamentaria ainda mais o tempo perdido escrevendo o mesmo que todo mundo.  O grande fato é que amanhã é Natal e, pronto!, vou tentar passar reto no assunto.
A gente sempre tenta escrever algo diferente mas não consegue e no fim ainda apaga todo o texto.
(Um tempo atrás, no 1° ano do ensino médio, nos pediram para escrever duas crônicas. Na primeira, tentei dar o meu melhor, p’ra ver se conseguia alguma coisa, um “nossa, muito bem” ou algo. Nem lembro, acho que fui bem. Na segunda, já não estava tão afim. Fiz um texto que achei bem mais-ou-menos, mas já não havia tempo para fazer outro, então, terminado com uma hora de antecedência ao prazo de entrega, entreguei “Sonhos em chamas”. Esse veio a ser o texto que corretora e professora amaram e pediram cópias.)
Ah, sim, amanhã é Natal. Já ouço até um papai Noel de loja passando aqui na rua, balançando um sino e, aposto, atirando balas de iogurte. Não dá pra enxergar daqui. Enfim. Me perguntaram o que eu queria de presente, e, pelas reações, me senti quase mal por dizer “nada”. Não preciso de nada não, tia, tô bem assim. Talvez uma lanterna, mas, tanto faz. O que importa pra todo mundo (até para mim,no fundo, e para quem diz o mesmo que eu) e o negócio do consumismo.
Natal = consumismo.
Tudo bem, não quero cair na tentação de dizer-vos: o amor é mais importante, mas, o que mais dizer no natal? Não consegui pensar em mais nada agora.
Fica a seu cargo pensar em algo mais original. As 10 frases mais criativas ganham o que quiserem. Mas tem que ser coisa de se encontrar em loja, viu?
Feliz Natal, hoho.
Lau d.

sábado, 13 de outubro de 2012

É isso ai.

As vezes fica difícil escrever algo que bonitinho e que é de coração. Sou só mais uma adolescente que escreve pra se sentir melhor, mas as vezes passo a odiar meus textos. Não sou poetisa, não sou escritora, sou só mais uma. Não que isso me rebaixe e me proíba de escrever, mas...
Essas são as minhas emoções e sempre vou tentar transformá-las em algo bonito e bom de ler. Perdoe-me (se é que alguém lê) se não forem tão agradáveis as vezes. 
Já pensei milhares de vezes em criar outro blog, a passar a seguir um padrão de postagens, mas isso é impossível. Não adianta, vou continuar com a minha imparcialidade, talvez algum dia saia algo bom (:

Um beijo e obrigada.

P.S. - Gostaria de escrever cartas. Se alguém compartilhar do mesmo desejo, avisa.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Crônicas dos dias incertos V

   Liliane olhou pra trás, mas não queria acreditar no que tinha acontecido. Nos últimos dias, andava meio cabisbaixa, nem ela sabia dizer o motivo. Ou talvez estivesse tentando enganar a si mesma, acreditando que era só um desânimo, um "não dormi direito". A verdade era que as tais das dúvidas que ela tinha haviam sido empurradas para debaixo do tapete, pois era tudo tão belo que ela não queria pensar que talvez não fosse bem aquilo.
   Liliane realmente gostava de Artur. Não com a intensidade que ela gostaria, mas acreditava que isso viria aos poucos. Veio e não veio. Quando parou, percebeu que tinha medo desde o início, desde aquele dia lindo no lago. Tudo acontecera rápido demais. Sem tempo pra pensar, apenas extasiada. 
   Não dá pra dizer que não deu certo. Liliane apenas não conseguia. Não conseguia dar seu amor.
   Que viesse as lágrimas, aqueles dias seriam difíceis. Seria necessário dar tempo ao tempo. 

Lau d.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Crônicas dos Dias Incertos IV

   O cenário era o mesmo, mas o contexto já era outro. Sim, desde a ultima vez as coisas haviam mudado radicalmente. Agora, Liliane olhava para tudo com admiração. Em sua mente, os problemas davam lugar às boas lembranças: o lago, o velho banco molhado, a fogueira...
   Foi suficiente que Taís lhe desse um apenas pequeno empurrão. Pronto: a garota já estava lá, cheia de medos, nervosismo e esperança. Mas o sorriso sincero de Artur bastou para que Liliane visse para onde deveria ir. Ela sabia, era ali, não precisava dizer nada.
Lau d.

domingo, 24 de junho de 2012

Dois Rios

O Sol é o pé a mão, o Sol é a mãe e o pai dissolvem a escuridão. O Sol se  põe se vai, e após se pôr o sol renasce no Japão. Eu vi também só pra poder entender o que a voz da vida vez  dizer.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Crônicas dos Dias Incertos III

   Liliane olhava cansativamente para as paredes vazias de seu quarto. Não havia ninguém ali por perto, todas as outras garotas estavam fora. Mas Liliane não queria sair, queria ficar ali, a sós com sua mente, procurando respostas. Estava cansada daquilo. Se sentia mal, mas não queria magoar ninguém. Liliane só queria ser feliz, fazer feliz. Mas eram tempos difíceis.
   Dali a algum tempo, as outras chegaram, e com elas os ruídos. Ao menos agora ela poderia conversar com alguém, pois ali, sozinha, ela estava a ponto de enlouquecer. O barulho foi aumentando, à medida que se aproximavam, e então alguém bateu a sua porta. Exatamente quem ela estava pensando em chamar para conversar: Taís, sua eterna conselheira. Liliane abriu a porta, mas não houve tempo para que falasse o que sentia. Taís estava sorridente, e começou a falar do jeito rápido, como sempre falava. Ela queria contar logo.
   - Lily, tem alguém...
   - Ah não! De novo não!
   - Calma... dessa vez vai ser bom. Olha, você já me falou sobre ele. Garanto que vai gostar e...
   - Não pode ser...
   - Artur!
   Taís só viu um sorriso bobo no rosto de Liliane, que, pelo que pode perceber, continuava lá na manhã seguinte.


Lau d.

sexta-feira, 15 de junho de 2012


Fisicamente distante de qualquer lugar, data impossível de ser definida.

Boa noite.
   Cá estou novamente. Esse lugar me conforta, me ilumina. Mesmo muito ocupada, tenho pensado. O que eu quero (ou o que eu acho que quero, ou o que eu acho que deveria querer, ou o que talvez me agrade imaginar)? 
    Viu? A questão já é outra. E outra, outra, outra. Confusa sempre fui, fato. Mas agora pode ser diferente. Assim como todas as outras vezes que poderiam ser diferentes. "Mas essa é mesmo". Sim, tudo bem.
    Vamos supor que seja, pois em nada me agrada achar que não será diferente. O que importa é que estou decidida a tomar uma atitude. Quero agir, quero fazer, quero conseguir. Antes que me torne fria.
    Muitos têm me ouvido falar incessantemente, e têm me motivado. Também é por eles, sabe? Quero mostrar que valeu a pena. As coisas não estão difíceis. Sou eu quem as vejo assim. Quando eu voltar, espero esquecer essa máscara da dificuldade. Quero encarar as coisas de outra maneira, mais simples. Me jogar.
    Já está na minha hora. Amanhã, o dia é outro.
    Tenha bons sonhos.
Lau d.

domingo, 10 de junho de 2012

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Crônicas dos dias incertos II


Seus corpos se uniram. Grudados, um no outro. E em passos descompassados, dançavam às cotoveladas com os outro ali. Era cômico. Liliane sorria, disfarçando o arrepio. Era frio, era escuro. Mais juntinho, e em retas bem delineadas ela ficava quase maior. Era fofinho, engraçadinho, ela gostava. Sem graça, eles riam.
Liliane ficaria ali para sempre.
Eles tiveram, porém, que ir. Antes, um abraço: talvez essa fosse uma amostra da tal da felicidade.

Lau d.

sábado, 9 de junho de 2012

Simples Leitora


Lia,
Lia versos, cartas, bulas, pacotes, livros,
Lia tudo.


Olhava em volta:
E o dia já havia se passado
Na necessidade de se concentrar
Se esquecia
De si mesma
Do mundo, dos problemas


Não pode, diziam
Ler, ler, ler
Para que ler?
Perda de tempo


Não, não era
Ler era tudo
Era aconchego, era abraço
Lhe negavam simples gestos
Mas ler a mantinha viva


Lau d.