Liliane olhava cansativamente para as paredes vazias de seu quarto. Não havia ninguém ali por perto, todas as outras garotas estavam fora. Mas Liliane não queria sair, queria ficar ali, a sós com sua mente, procurando respostas. Estava cansada daquilo. Se sentia mal, mas não queria magoar ninguém. Liliane só queria ser feliz, fazer feliz. Mas eram tempos difíceis.
Dali a algum tempo, as outras chegaram, e com elas os ruídos. Ao menos agora ela poderia conversar com alguém, pois ali, sozinha, ela estava a ponto de enlouquecer. O barulho foi aumentando, à medida que se aproximavam, e então alguém bateu a sua porta. Exatamente quem ela estava pensando em chamar para conversar: Taís, sua eterna conselheira. Liliane abriu a porta, mas não houve tempo para que falasse o que sentia. Taís estava sorridente, e começou a falar do jeito rápido, como sempre falava. Ela queria contar logo.
- Lily, tem alguém...
- Ah não! De novo não!
- Calma... dessa vez vai ser bom. Olha, você já me falou sobre ele. Garanto que vai gostar e...
- Não pode ser...
- Artur!
Taís só viu um sorriso bobo no rosto de Liliane, que, pelo que pode perceber, continuava lá na manhã seguinte.
Lau d.
Nenhum comentário:
Postar um comentário